«Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar aqueles que estavam sujeitos a lei e para que recebêssemos a condição de filhos» (Gal 4,4-5).
O anjo Gabriel foi enviado por Deus à Virgem Maria, em Nazaré, e este foi um momento decisivo na história da salvação. No seu amor, Deus escolheu no meio do seu povo a pessoa a quem confiaria o seu próprio Filho. Tratava-se de uma mulher que, como sabemos com toda a certeza graças ao dogma da Igreja Católica, foi preservada por Deus do pecado original.
Ao contrário de Eva, que sucumbiu à tentação da desobediência, Maria confiou plenamente em Deus e respondeu com amor, desencadeando assim a obra de Deus em favor da humanidade. Ao dizer “sim” à vontade de Deus, Maria tornou-se mãe do Filho de Deus.
“O anjo disse-lhe: ‘Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus; conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, a quem darás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus dar-lhe-á o trono de Davi, seu pai, e reinará sobre a casa de Jacó para sempre; o seu reino não terá fim. (…) O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo cobrir-te-á com a sua sombra; por isso, aquele que vai nascer será santo e será chamado Filho de Deus'” (Lc 1, 30-33.35).
Deixemos que este acontecimento se instale profundamente no nosso interior: Deus inclui uma pessoa no seu plano de salvação, tornando-a a mãe do seu Filho, que nasceria em Belém. Quanta graça e proximidade o Senhor nos concede! E quão maravilhosa é a resposta de Maria, que Deus também converterá na verdadeira mãe de todos os crentes!
Agora que Maria e Jesus estão confiados aos cuidados de São José, estamos muito próximos de Belém. Resta apenas o tempo necessário para uma criança crescer no ventre materno até estar pronta para nascer.
A Sagrada Escritura conta-nos também que, após conceber o Filho de Deus no seu ventre, Maria dirigiu-se à sua prima Isabel, que por sua vez carregava no seu ventre o Precursor, João Batista (cf. Lc 1, 39-56). Cheia de alegria e do Espírito Santo, Isabel exclama:
«Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. De onde me vem esta honra de receber a visita da mãe do meu Senhor? Pois assim que ouvi a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou que se cumpririam as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor!» (v. 42-45).
E Maria respondeu com alegria:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito regozija-se em Deus, meu Salvador. Porque Ele olhou para a humildade da sua serva; a partir de agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada. Porque o Poderoso fez grandes coisas por mim; o seu nome é santo» (v. 46-49).
Pouco tempo depois, Maria e José partiram para Belém. Ouçamos as palavras do Evangelho segundo São Lucas, que nos são tão familiares:
«Naquela época, foi publicado um edito de César Augusto ordenando que todos fossem recenseados. Este primeiro recenseamento ocorreu quando Cirino era governador da Síria. Todos foram recensear-se, cada um na sua cidade. José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e da família de Davi, para se recensear com Maria, sua esposa, que estava grávida» (Lc 2, 1-5).
Agora que o nascimento do Senhor está iminente, terminamos esta primeira semana do Advento, para voltarmos a refletir sobre este acontecimento quando estivermos às portas do Natal, com a Sagrada Família já em Belém à procura de abrigo.
Antes de chegarmos a esse ponto, vamos nos concentrar durante a próxima semana no tema: “O nascimento do Senhor em nosso coração”.
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Meditação sobre o evangelho do dia: https://es.elijamission.net/necesitamos-buenos-pastores-y-obreros-2/
