Comecemos a meditação de hoje escutando as palavras que o Senhor diz aos seus discípulos no Evangelho de hoje:
“Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um iota (menor letra do alfabeto hebraico), um traço da Lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos Céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos Céus.” (Mt 5,17-19)
Ontem demos uma olhada em três dos sete sacramentos da Igreja, considerando-os como uma grande ajuda do Senhor para que alcancemos o nosso objetivo, que é a união com Deus no amor.
Uma das razões pelas quais abordei estes três sacramentos especificamente é porque existem tentativas de mudar a prática da Igreja justamente em relação a eles, o que com justa razão causa confusão entre os fiéis. Fazem parte do caminho de seguimento de Cristo a fidelidade à autêntica doutrina e práticas da Igreja, sem envolvimentos em qualquer tipo de experimentos, seja quem for que os proponha.
A doutrina da Igreja é um grande tesouro. É como água cristalina, fluindo do Trono do Cordeiro e encharcando os prados para que o rebanho de Deus obtenha bom alimento. Se esta doutrina é enfraquecida, contaminada, ou mesmo falsificada, o Povo de Deus sofre as consequências e os pastores não desempenham a sua missão. Isto significa que muitas das pessoas a quem a mensagem do Evangelho ainda não foi proclamada, ficam sem alimento.
Vivemos em tempos difíceis que também constituem um desafio para nós… Diante da apostasia crescente, este tempo exige “mensageiros que anunciem a paz” (Is 52,7); aquela paz que o mundo não pode dar (cf. Jo 14,27).
Devemos nos desfazer do falso pensamento de que a confissão da verdade e a nossa convicção de que Deus chama a todos os homens ao seio da Igreja Católica seriam arrogantes e intrusivas para as outras pessoas e que por isso seria melhor que nos refreássemos de evangelizar. Muito pelo contrário!
Sem descartar a possibilidade de que talvez nós mesmos, devido ao nosso temperamento ainda não ter sido suficientemente purificado, possamos ser demasiadamente intensos, a própria verdade nunca é insistente em sentido negativo.
No Evangelho de hoje Jesus assume naturalmente que a Palavra deve ser ensinada em conformidade com a Lei, e deixa claro para nós que o menor desvio da Lei reduzirá a recompensa celestial significativamente. Isto também se aplica a nós católicos: nem o menor desvio da doutrina que nos foi transmitida deve achar espaço em nossa alma e muito menos podemos transmitir tais erros a outros.
Peçamos ao Senhor um fervor santo para dar testemunho do seu amor pela humanidade. Não poucas vezes este zelo parece ter diminuído e as energias parecem focar-se mais em assuntos mundanos. Mas esta não é a intenção do Senhor e nem é o que verdadeiramente ajuda as almas.
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Meditação sobre a leitura diária: http://es.elijamission.net/2021/03/10/
Meditação sobre o Evangelho do dia: http://es.elijamission.net/2022/03/23/