Amado Menino, quase chegamos ao fim destas meditações de Natal, e também o ano está prestes a terminar.

Recém havíeis chegado ao mundo, ó Divino Menino, quando Vossos pais tiveram de fugir convosco para o Egito. A obediência de Vosso pai adotivo, São José, em partir imediatamente após ter recebido esta ordem em um sonho, é realmente admirável (Mt 2,13-14).

Como judeus fiéis à Lei do Senhor, oito dias após Vosso nascimento, Vossos pais circuncidaram-Vos e Vos deram o nome de Jesus, o Salvador (Lc 2,21).

Amado Menino, poderíamos exultar de alegria sem cessar, especialmente quando olhamos para Vossa incomparável Mãe e São José…

Vós quisestes escolher pessoas simples: eram pastores (Lc 2,8-20). Vós, Amado Menino, amais a simplicidade. Em um coração simples Vós podeis entrar mais facilmente.

“Vamos todos, à porfia, Cantai um hino de louvor, Hino de paz e de alegria, Que os anjos cantam ao Senhor.”

Agora estais aqui, Menino Divino! O que vos levou a vir até nós, a um mundo tão hostil? A razão só pode estar em Teu imensurável amor por nosso Pai Celestial, e em Teu infinito amor por nós, homens. Quem pode entendê-lo? Eu simplesmente o acredito e posso percebê-lo em Vosso sorriso! Vejo como abris

Um menino nascer-nos-á, a quem daremos o nome de ‘Deus Poderoso’” (cf. Is 9, 5). “Nele, todas as nações da terra serão abençoadas” (cf. Gn 22, 18).

Com o Menino de Belém, começa um novo tempo: o tempo da graça. Todos são chamados e convidados a acolhê-la.

O que nos quererá o Senhor dizer ao não ter escolhido um palácio real, rodeado de riquezas materiais, para nascer, mas sim uma pobre gruta em Belém? Lembramo-nos das palavras de Jesus: “O meu reino não é deste mundo” (Jo 18, 36).