V. Adoramus te Christe et benedicimus tibi (Adoramo-vos, Cristo, e vos bendizemos).
R. Quia per Crucem tuam redemisti mundum (Pois pela vossa Santa Cruz remistes o mundo).
Não bastava que os carrascos encarregados de matá-lo o crucificassem. Eles ainda quiseram humilhá-lo, despojando-o de suas vestes.
Nós, homens, perdemos a nossa dignidade quando pecamos. Enquanto a graça nos envolve com a luz de Deus e nos transforma com a vida divina, o pecado rasga o manto da graça e nos desonra, deixando-nos nus e desprotegidos, pondo em perigo a nossa dignidade.
Jesus sofre essa humilhação por nós, embora, no seu caso, ela não seja uma consequência do pecado. Ele sofre de novo essa afronta por nós onde quer que as pessoas sejam despojadas ou se denigram por outros.
Quando sofremos uma humilhação às mãos dos outros, trata-se apenas de uma aparente vitória das trevas. No caso de Jesus, a violência domina apenas externamente. Interiormente, o Senhor permite tudo por amor. Ele, que poderia chamar legiões de anjos em seu auxílio a qualquer momento, não se defende (cf. Mt 26,53).
No entanto, ninguém pode privar o Senhor de sua dignidade interior!
Quando outros nos fazem sofrer, podemos compartilhar a desonra e o despojamento que o Senhor sofreu, sabendo que ninguém pode nos roubar a dignidade de filhos de Deus.
Ao juntarmos a nossa dor à de Jesus, o sofrimento é enobrecido e Deus o insere em sua obra de salvação.
Oremos: “Senhor, concedei-nos a salvação e a paz, para que a vossa Igreja, tendo vencido todos os obstáculos e erros, vos sirva em plena liberdade, por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo e é Deus pelos séculos dos séculos. Amém”.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
